sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Solidão e as Moscas da praça

Estava só mesmo que de fato não precisasse, não estava ali porque queria, a vontade tinha passado.

Continuou, porque assim algo lhe dizia que era certo. Maldita esperança, tem que ser a ultima a morrer!

Permanecia calado, nunca fora de falar muito mesmo... Mas foi assim que aprendeu mais do que falar pouco, aprendeu o valor de seu silêncio.

Observou os passantes por certo tempo até cegar-se, começou a olhar as palavras, olhava para seu interior e foi ai que de fato que seus olhos se abriram.

A ruidosa praça se tornara um tumulo na qual se quer pássaros se pronunciam.

E ele estava só, e assim se sentia e mais do que isso, assim se sentia confortável até de fato!

No cair do sol pensou com ele: "Assim que nascem os sábios".

E se indagou com sua própria afirmação.

Mas voltou a observar a praça e voltou a ver os passantes e os senhores sentados e não via neles nada mais do que moscas bicheiras zunindo, observando e zanzando!

E não se arrependeu de sua malicia. Deu um trago, se levantou e caminhou se sentindo um grande estranho.

Mas de fato ele era... Um estrangeiro estranho...

Um comentário:

  1. o seu blog é muito mais seu quando posta nele, fica com cara de alheio ao léu...fica com teu jeito , fica contigo, e nos cativa, adoro o que escreve Teu!
    beijos

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