sábado, 30 de julho de 2011

Nada do que eu pudesse escrever me descreve melhor:



Se quiserem entender melhor vejam a tradução aqui .

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Estrada Alheia

Em uma estrada qualquer, em um estado qualquer, em algum país desse mundo ele acelerava como quem quisesse alcançar o horizonte, o barulho do motor de 1000cv ruge como um leão e lembrava seu próprio espírito. Colocou no rádio um bom Rock’n’Roll do tipo que muitos gostam e que dá muitas vontades, vontade de mais, por isso acelerava mais, o pé pesava.

160 km/h de liberdade é a média.

Não olhava o retrovisor por que queria deixar tudo pra traz e sabia que nada que foi ultrapassado o alcançaria, seria como querer voltar ao passado e esse grandessíssimo erro ele está longe de cometer. Olhava a frente, mas não via a estrada, via o alem, o destino perdido querendo ser achado.

Então passou outro carro em direção oposta depois de muito tempo de estrada vazia e ele pensou consigo mesmo de como era parecido com fatos de sua vida: “Quanto maior a velocidade de algo a se opor ao meu caminho mais rápido ele é ultrapassado...”
Tempos depois passa outro seguindo em mesma direção e é ferozmente ultrapassado: “Não me atrase! Nossos caminhos são os mesmos só por instantes, ainda vou muito alem.”

Ele olha para o céu azul e vê pássaros cortando o vento, e sorri como se encontrasse irmãos que viviam longe porque eles compartilham do mesmo vento cortado, a mesma felicidade de estar solto ao mundo, o brilho do sol que aquece e a força de quem não tem como parar.
Determinação de quem não teme a nenhuma curva, não derrapa e nem perde o controle. ACELERA!


domingo, 24 de julho de 2011

Overload


Andei sumido daqui, eu sei, mas não por falta de idéias, muito pelo contrario, vieram aos montes e montanhas. E por que desse vazio então? Porque é tanta coisa que ficou preso em minha garganta, indigesto pra mim e muito precioso pra por pra fora.

Estou sufocado de fato, sem ar, caído e desfalecendo. Voltando a certas coisas que são assustadoramente grandes e em maioria muito feias.

Mas vai acabar saindo e quando sair... Sai de baixo, sai da frente, observe de BEM LONGE.
Vai ser um cuspe na cara de alguns e um beijo na cara de outros. E pra mim... Bem pra mim vai sobrar angustias e sorrisos, amores e horrores... Como sempre na minha vida (e eu não sei por que não me acostumo).



Be Awared

terça-feira, 12 de julho de 2011

A moda antiga


Agora essa velha alma atormentada que de costume escrevia de madrugada em seu computador com a luz apagada agora se adapta novamente ao lápis e papel.

Agora sente mais falta do que nunca da correção ortográfica programada que por muito reclamara durante suas jornadas, agora reaprende a utilizá-las e voltar como era na época de escola, mas ortografia, concordância, sintaxe nunca fora seu forte... Sem contar a péssima caligrafia.
Mas agora mais do que nunca sente o poder em suas mãos, todo um infinito de suas idéias e imaginação tentando entrar no mínimo espaço entre linhas e palavras.

Como acaba por ser tolo... Falta-lhe o saber... O saber realizar, pensamentos não são palavras e palavras ainda sim estão muito longe de um ato. Sempre se questionando de sua capacidade, do seu próprio ser... Como se isso o ajudasse! Só o torna mais falho, duvidoso e desacreditado. Desacreditado de si e dos outros, sentimento que acaba por ser recíproco porque convém à sociedade, como isso é possível?Como ele pode ser assim?


Mas por fim o que lhe resta?Agora só a solidão, papel, lápis e idéias.


Então cria!Porque o que lhe corrói o coração constrói uma infinidade de pensamentos!Um universo por todo completo. Viaje pelo infinito da imaginação e corra atrás do inalcançável, do que nunca foi pensado.

Limites são importunos e exoráveis, foram feitos para aqueles cujo medo o controla. Sempre houve o medo do desconhecido para a grande maioria, quem enfrenta sempre será um grande. E nisso chega sua hora!Não se acovarde!A dor trás compensação, então seja grande entre todos. Morra pela luz de um ideal próprio que sempre será melhor que qualquer filosofia alheia. 

E como corre e como voa e tudo acaba por ter um fim... Todo o universo some com a luz da vela que se finda e deixa na profunda escuridão da ignorância de toda a limitação humana.

domingo, 10 de julho de 2011

Um dia de paz



Acordei sem me importar com as horas, sem correria, sem horário marcado. Não troquei de roupa, não arrumei o cabelo e nem quis saber o quão frio estava lá fora.

Peguei um bom copo de café, meu companheiro de varias horas, me assentei à beira da cama e liguei a TV só pra quebrar o silencio do quarto. Olhei pela janela e vi o céu que apesar do tempo ruim estava azul.

Um tipo de dia que não tem nada de mais pra maioria das pessoas, mas não sentia um conforto igual faz muito tempo. Um aconchego no meu lar, o conforto da solidão....

Sem amor nem ódio dentro de mim, nem de mim. Sem ninguém pra se importar e nem nada pra se preocupar, isso era bom porque hoje não queria que ninguém se importasse comigo e nem causar alguma preocupação.

Ouço uma boa música... Só curto esse instante... Queria que isso se repetisse mais vezes, mas também talvez não fosse quem sou se vivesse sempre na calmaria. Nasci um homem de conflito, de guerras internas e externas e isso que me levou um pouco além em muitos aspectos. Mas não acho que me fez uma pessoa melhor, só mais distante.

Mas é um bom momento pra minha vida, sabe... Veio-me uma boa Idéia dessa paz:


Vou escrever pra eternizar esse dia me lembrar que até nas maiores tempestades tem algum momento de calmaria.

sábado, 9 de julho de 2011

Música pra hoje


"Na falta do que fazer, inventei a minha liberdade"

Cai o inverno

Era uma noite fria como outras que se seguiam, o vento cortante é de som estridente como de uma espada lhe vinha ao rosto, mas ele segue sem dizer uma palavra.

Suas mãos semi-tremulas permanecem de fora apesar de geladas, como se esperassem por um inimigo escondido por meio as trevas e a população. Ou talvez como se procurasse algo para agarrar em única oportunidade.

Caminha sem pressa por entre as ruas como quem anda em campos inimigos, calculando passos para não cair em armadilha. Ou talvez só não saiba aonde ir, mas prossegue de qualquer modo.

E não há frio que lhe abata porque sua pele fria só se aparenta mais com seu coração que já se tornara gelo. Inóspito como o mais alto cume do ártico, uma grande fortaleza fria: gelada, resistente e vazia.

Mas é repentinamente pego por trás por um arrepio muito humano e nostálgico em sua espinha: A lembrança de um sentimento que já o arrebatou, que fizeram noites frias serem noites quentes e noites quando eram frias de verdade era só quando estava sozinho.
Da época em que seu coração ainda era um campo verde e aconchegante, quando era verão o ano todo e os ventos que vinham eram sempre bem vindos para velejar.


Infelizmente o inverno chegou a mais esse coração.


E então ele pensa consigo mesmo: ”O problema de se ter uma fortaleza de gelo é que qualquer faísca assusta e pode me desmoronar...”

Mas ele não diz uma palavra, não para o passo e nem se esquece do frio. Ele segue em frente seu caminho com determinação mesmo sei saber aonde vai.