quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Aos bons



Em pensar que talvez o mundo tenha se perdido ao tentar ser bom a todos e por isso mal se tornou.

 É fato que de boas intenções até o inferno se encheu e também que aquele que é dito como o mais bondoso dos homens foi precocemente e cruelmente morto e pendurado numa cruz, e se não bastasse tal ato fizeram com que esse santo voltasse à vida após certo tempo ao invés de um merecido descanso eterno.

Somos insatisfeitos amigos:
Se formos maus seremos sempre mal vistos; Se somos bons a alguns somos considerados interesseiros ou preconceituosos; Se somos a todos seremos injustos por não igualar tal bondade.

E dos bondosos tenho dó porque é sempre burro de carga de interesseiros que sempre tentam por mais peso nas costas de sua inocência.

Por isso vos digo meus amigos:

-Não sê bom, sê justo!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Daí me filhos

menos mulher, querendo que o sangue não desça pelas minhas coxas,
 querendo que os ovúlos corram pelo meu ventre e o pedido...
-faça -me um filho
 querendo o eterno , o infinito
 o laço sagrado, matriarquico
 o que é certo, lei da vida
 mulher gera, ama, procria e cria
 então não me negue o
 pedido
 faça me um filho
 e não me faça um só
 faça 2, 3... faça completa o que vazia é
 mesmo quando dizem que seca daqui nada brotará
 e eu preciso que desse pé saiam laranjas, limas, uva, cajá, cajú...e flor.
 eu preciso que de mim provenha a vida
 por mais negada que ela seja
 por mais sacana e vadia que ela tenha sido
 é minha parte do trato...eu peço e tu me dá!...me dê um filho.
 Não peço um orgasmo, não peço uma transa...eu quero ser cheia, plena, quero ver a pele esticar, elasticar
 envolver
 acobertar
 e se preencher de um ser
 Ser esse que amo
 amo sem conhecer
 amo sem conceber
 amo sem saber se poderei um dia ter o prazer de tê-lo dentro de mim
 mas já o amo...por que engravidei dele em emoção , em paixão, em amor ...
 do individual
 do psicopatologico
 do esquizofrenico amor freudiano
 eu sei...
 eu amo incondicionalmente
 aquém não posso ter
 Então olhe em meu olhos
 e realize meu singelo desejo
 daí me filhos!
 assim  como Ana ...no velho (novo) testamento ... me engravida
 Não quero sangrar 9 meses... quero que dê mim saiam lágrimas, suor e leite...
 eu quero...
 e eu preciso
 Se
 podes?
 podes...
 Senhor, meu Pai...daí me filhos...senão morro.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Herege

Desfeito de tantas coisas o ponto de que tudo foi feito tanto quanto o nada e que ambos são os mesmos.  Nada mais incomodo do que o normal parecer estranho e fazer perder o valor do certo e errado e logo em seguida lhes atribuir os mesmos valores só que de cabeça pra baixo.

Dito, desdito e contradito; Feito, desfeito e inefeito.

Assim sigo como intriga, o imortal que não passa dos 33.

Herege me fiz ou fui feito ou ainda simplesmente nasci, existi e assim sou.

Porque se o tempo que é mestre sábio de tudo que existe, existiu ou existirá está sempre mudando e se contrapondo ainda que ao mesmo tempo esteja só se repetindo e se mantendo, logo eu, minúsculo aprendiz observador não posso deixar tal arte depreciada!

Herege é preciso ser para que nem todos os olhos se ceguem e nem todas as bocas se calem ou digam somente “sim”, para que meias verdades e mentiras bem contadas sejam questionadas.

Sou isca para que os monstros e demônios da alienação saiam de seus cantos escuros e mostrem suas faces cálidas e maldosas.

Herege por ter esperança num mundo no qual se pudesse eu propriamente atearia fogo! Essa é a diversão do palhaço não é?!?!  Ver o circo pegar fogo?!?! Porque só assim se vê livre!

E ainda que no fim nada fizesse sentido e que só o caos imperasse me sentiria enfim plenamente realizado ao mesmo tempo em que acabado, porque é o que meu eu pede e então a partir de tal momento me tornaria inútil.

Mas também talvez tenha a sorte e a renovação da fé em ver de todo caos gerado nascer uma razão mais forte e uma razão mais pura e então fazer compreensível todo alarde, intriga e cruel sinceridade mascarada de sarcasmo.

Nenhuma espada nasce afiada e sempre é de principio somente aço retorcido, vai o fogo e apanha fortemente por varias vezes até conseguir a sua forma precisa. Assim age o caos à ordem, o certo ao errado.

Então que seja eu a mão do ferreiro ou ao menos um dedo!

Como diria meu querido Nietzsche:
“Ora meu filho, pois isso nada mais é do que niilismo!”

domingo, 11 de setembro de 2011

Da dor


A morte é injusta, má... e ainda assim é a única certeza da vida.
Não tenho medo de morrer, agora menos ainda, mas acho que...
ainda tenho medo de ver quem amo morrer, por que dói.
Da dor da ausência á dor do NUNCA MAIS.
É quando vemos a constatação de que não somos nada e que nada
podemos fazer quanto assunto é MORTE.
Sublime e imensos na nossa pequenez, a vida toda sorrimos da cara de tudo
e todos , até  o dia em que vemos que podemos com tudo menos com o fim.
Morrer não dói.
O que dói é ver a morte acontecer.
Morrer não dói...
que dor:
- a morte levou...e agora vou ter que lidar com o NUNCA MAIS...

Revidemos

Minha querida, também gosto muito de vc, demasiadamente e logo por isso mesmo , não poderia deixar de te dar esse tapa pra te acordar ( e pela sua resposta de fato funcionou). Não sei em qual ponto vc entedeu que te usei.Não me estenderei...
Flor:

Não seria agora mais do que nunca necessário uma conversa para colocarmos os pingos nos "is" ou começaremos um embate épico textual?!?!?

sábado, 3 de setembro de 2011

Das pernas das moças


Amor, não me venha com sermão e não me olhe desse jeito.


Você estaria lutando contra o instinto de um homem e certamente não ganhará, não é intencional e nem racional. Nem culpa minha é!


Elas passam querendo ser vistas e eu às vejo e nada mais, não importa aonde e nem com quem.
Não que eu já tenha me apaixonado por alguma delas uma vez se quer, bem longe disso, é quase a mesma admiração na qual vejo  um carro recém lançado passando por alguma rua.


E te digo mais:


Se me deixasse levar por qualquer admiraçãozinha talvez tivesse te largado não por alguma mulherzinha de trapos curtos que passa, talvez tivesse te largado por uma música, um quadro, uma escultura ou um livro de poemas! É bastante lógico não é?


Vamos por em igualdade: 


Ao passear você se depara com uma loja de jóias e vê um belo colar de ouro e pedras preciosas. Você a deseja loucamente e de maneira infundada, afinal é só um adorno para pescoços, e então você vê o custo a ser pago: É muito alto e que você teria que passar por muitos perrengues e perderia muita coisa importante. Sua vontade some (ou pelo menos se ameniza).


Está muito longe do que sinto por você porque vem do coração e da alma, daquelas pernas é só carne, vontade de um homem que ainda é muito macaco.


Minha pequena... Você ainda é muito nova para entender a diferença entre libido e amor?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Revide



Bateste em minha cara,
cuspira na outra face:

- PUTA! ENGANASTE Á MIM! ACHEI QUE ERAS DIVA, MAS É APENAS UMA PUTA!
Minha resposta é que não tenho palavras, e faltam-me justamente por ser de carne e osso...



Não tenho palavras… e eu que nem gosto de poupar palavras…nunca gostei. Hoje estou tão cheia de sensações...talvez o formigueiro…talvez aquela sensação de sentir me absoluta e domadora. Aquela tão vertiginosa…mas tão convidativa sensação.

Estivesses como estivesses. Tu hoje querias estar…
Tu prometeste surpresa…e ali estava ela. A surpresa era um tapa…doeu, mas me deu prazer também... sim... eu senti tesão... por que és um monstro - CRIA MINHA?! não, longe de mim ... mas é um tesudo monstro e eu fui a menina feliz, aquela a quem lhe foi dado o chupa maior…aquele com mais cor. Tem cor-de-rosa e tudo. A minha cor preferida.
As minhas entranhas…os meus lábios…tudo o que me rodeava resumiu-se ao sabor da tua essência. A tua. Aquela que só eu vejo…
Eu gosto de ti… sabias? Gosto mesmo!!!
Nosso amor não vingou por causa do tempo, das épocas e das diferenças!!
És diferente… és o imprevisto mais meigo que conheci…és…tal e qual o puto mimado… o tal que me desnudaria…o tal que me arrebataria o coração e me levaria…para longe… como levou... como levou um dia !
Já reparaste que a cada “até breve” fica sempre a sensação de que ainda não fomos longe demais. E nós já fomos tão longe! Longe? o nosso longe é tão perto. É tão intrigante…tão…meu e teu.
Saberás lá tu o que é marcar a diferença…saberás lá tu que a tua diferença vive em mim. Saberás lá tu que tenho sonhos diabólicos contigo. Sonhos a dormir! Daqueles em que acordo húmida…molhada…a suar…assustada...extasiada. Por vezes até algo confusa, desordenada… baralhada…entre o sonho e a realidade. Nos meus sonhos apareces tal e qual como és…afinal é assim que eu gosto de ti.
Os meus sonhos. Saberás lá tu…dos sonhos acordada…que me “assombram” esta cabecinha inteligente. Inteligência? Aprendi agora que essa inteligência não supera certos órgãos. Muito menos o vital.
Às tantas tu sabes…e finges que não sabes…ou então…sabes…mas não contas a ninguém.
Saberás? Amo á um homem ... serei mulher dele...mas tu... tu és o meu imaginário, meu sexo poético, de palavras e estupro de prosa e verso.
“Meu amor”? …Não queres ouvir falar de amor…e eu muito menos quero apelidar-te de tal. Porque o amor às vezes tem umas armadilhas estranhas. Eu também sei…já estive nessa teia. Mas olha…já que são estranhas…estou no caminho certo.... a minha queda é para quem se distingue…quem me surpreende, para quem me faz estranhar e depois se entranha a uma velocidade estonteante. Chega a ser perturbante…mas isso pouco importa. Eu gosto de ti. Gosto mesmo. Tanto que chega a ter piada. Às vezes dói. Mas na maior parte das vezes tem piada.
Gosto de ti. É um fato. Também sei que isso pouco ou nada me valerá. Ou não…!!! E se reparar que o êxtase que sinto supera todo o meu turbilhão de emoções? Valerá de muito? Ou não me valerá de nada?
Tu sabes que sou uma “menina” de emoções…e também sabes que o teu nome há muito que passou a fazer parte da lista delas. Da lista mais gritante…aliás. Como se fosse preciso dizer…
Gosto de ti…Gosto mesmo de ti…Gosto de ti enquanto… escrevo…
Gosto de ti deitada na cama onde me comi pensando em nós!!!!
Escrevo ao som da música que “When A Man Loves A Woman ”. Seria ao acaso esse pedido?


Se a musica já é um orgasmo instantâneo…contigo em mim…são orgasmos múltiplos. Nem precisam de ser literais… basta o paladar…o fruto proibido…o tal que me apetece permanentemente….
Gosto de ti…e não gosto de ti, como quem gosta de sábado…gosto como quem gosta de todos os dias da semana…de segunda a segunda.
Agora vou ler o que escrevi…e decidir se vou publicar…
Parece-me exageradamente arrebatador…mesmo sem ler, mas o mais certo é publicar…e o mais certo também é tu voltares e me suplicar perdão.


Li e reli.
Um dia tu voltas…e um dia talvez te diga ao ouvido… aquilo que tu já sabes - domino-te.
Li e reli.
Claro que vou publicar…!
É teu…só teu…e só tu sabes.
Um beijo…um olhar…um orgasmo…
E não te esqueças…
foi o - eu te amo mais bonito da minha vida, não bata em minha cara, não cuspa na outra face e não me chame de puta...nunca mais!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Monstro?


Ouvi que você tinha criado um monstro... E que tal criatura seria eu...

Não pude fazer mais nada no momento se não rir.

Não minha querida, você não criou absolutamente nada, você se quer chegou a ver um! Imagine criar!

O monstro se mantém bem enjaulado e acorrentado em um lugar escuro e bem guardado.
O que você fez foi afrouxar um pouco a coleira e consequentemente o monstro rugiu, latiu e uivou um pouco pelo ar a mais em seus pulmões.

Quero jamais vê-lo solto pelo mundo, quanto menos você e todo o resto!

Se hoje você já foge amedrontada de mim por causa de alguns uivos e miados alheios, imagine face a face com tal besta maliciosa.

Muita coisa mudou em pouco tempo que mal acompanho (e nem faço questão de acompanhar tudo), mas o monstro não parou de fazer barulho (e nem parará tão cedo), apesar de você só tê-lo visto “dopado” e de fato até hoje ele assim se mantém. Hoje mantido pela luxúria.

E já me contradizendo: Pouca coisa mudou em minha vida, esqueci que é tudo um looping.

Juro que já te vi como uma possível domadora, mas hoje você não passa de um cordeirinho.