domingo, 29 de abril de 2012

Novos ventos

Senti aquela brisa suave vinda do norte, o cheiro do mar e seu suave umedecer em minha pele e percebi que era hora de voltar ao mar e descobrir novos horizontes e pisar em novas terras.

Eram novos ventos que me diziam com seu silencio que eu estava há muito tempo com os pés no chão e que pedras e areia não faziam o tipo certo de lugar pra se criar raízes e era hora de fazer mais essa travessia para alcançar campos mais floridos e férteis, um bom lugar que talvez pudesse criar suas raízes, construir um teto e ter suas crias.

Ainda que para chegar a tal lugar enfrentasse muitos sóis árduos e uma calmaria irritante, noites frias e tempestades avassaladoras, tinha o sol como guia, a lua como companheira e o vento como fonte esperança.

Não sou novo em novos mares, minha vida sempre foi desbravar e riscos sempre me colocaram sorrisos na face. Fui tentado e tentei a me firmar, e por fim pus pregos na areia e fui por tempos feliz com isso, até que o vento soprou mais forte e derrubou tudo com facilidade e ao mesmo tempo mostrou o meu lugar, que pertenço ao norte até que me torne desnecessário.

Chegou a hora então: vela a todo pano, pulmões plenos de ar, cabeça a altura das nuvens e olhos no horizonte.

Que os novos ventos me guiem


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