sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carta aos escritores



Gostaria de perguntar aos senhores que estão mais tempo nessa jornada, se já chegaram ao mesmo ponto em que encontro em questionar o poder da palavra.

Se já se colocaram a pensar que palavras, frases e textos não poderiam passar de simples caracteres em conjunto e o resto não passa de interpretação e sentimentalismo individual?

Se já se imaginaram a distorção (por mais que sejamos diretos) entre o pensamento e a palavra em si e da palavra ao entendimento do próximo em relação a ela?

Eu a cada máxima que escrevo fico mais convicto dessa ideia, quanto menos palavras acabo por ser mais puro e direto.

E que se ponha em questão a intensidade! Se já se foi sentido um único ponto escrito com equiparação a uma agulha entrando no coração de alguém ou ao nosso próprio! Que por mais inanimadas, longínquas e às vezes dislexias que sejam acabam ferindo como armas. Armas capazes de acertar aonde mais doem:

No coração, na alma e no ego (sei como é, já guerrilhei por literatura e já acertei e recebi vários estilhaços em meu peito).

Também sei como é quando parece que estamos às jogando ao vento, alheias ao léu e ver todo um sentimento passar em vão e não ser sentido nem em sua superfície.

Talvez perdêssemos um “dom” (entre aspas porque pode ser simplesmente uma vontade de escrever como vejo muito por ai...) que nos foi dado e um pouco do artista em nós ao tirar a profundidade das palavras, mas, talvez seriamos mais felizes sem tal fardo?

Talvez... Talvez...

E mesmo com todas essas questões postas ao ar, com minha arrogância e pretensão lhes proponho:

Não deixemos as palavras em vão, vazias, porque nós apesar de todos os devaneios somos os poucos que ainda valorizam e tratam bem esse arsenal artístico.








Dedicado em especial a Felipe Dior (um dos poucos escritores que me leem) e Natália Borges (que apesar de não me acompanhar mais ainda é madrinha e inspiradora desse blog) e também Thais Gregório e Philipe Assunção, meus parceiros nessa brincadeira de escritor de blog e por fim Damares Maris que já meu deu auxilio aqui.

3 comentários:

  1. Vale á pena dizer : ainda leio tudo aqui.
    E ainda acho tudo muito bom.
    Tem coisas que não mudam.

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    1. Obrigado por acompanhar, infelizmente tem coisas que mudam. Mas ficou uma pergunta no ar pra vc que está a mais tempo nisso do que eu... Já se sentiu em tal posição?

      P.S.:Sabia que iria quebrar seu silêncio...

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