domingo, 29 de maio de 2011

O ultimo grau etílico

Vala doce vala, cá estou eu novamente, com o sol batendo em minha cara, e bate, soca minha cabeça como um pugilista, achei que não o veria novamente, acho que essa é intenção de minhas noites, serem eternas!
Penso que me afogaria num copo de Bourbon, penso que já não penso, penso que quero deixar de pensar. Já sou criatura noturna há tempos e essa luz faz minha cabeça pior que já está! Maldita ressaca! É ela que me faz querer beber mais, parece que estou no deserto há dias e minha cabeça vulcânica que explode.
Das memórias tenho uma parte e da outra parte flashes, mas me lembro do que senti com a aquela dama, lembro-me de seus cabelos belos e lisos, de seu sorriso encantador, dos olhos brilhantes, do corpo que me chamava ao pecado e mais que tudo do seu calor em meus braços. Acho que posso dizer que a amei, mesmo que por uma noite, não sexo, foi única por uma única noite. Grandes memórias que trocaria pela lembrança de seu nome, seu número, MALDITA RESSACA!
Não!Sem lágrimas novamente! Franza sua cara, cerre os punhos, agüente firme!É só mais uma noite, afinal, esquecer a solidão não é o que você procura em cada copo?!?!
Como cheguei até aqui? Não lembro, mas imagino, como uma manca tartaruga que pensa voar, ri de si, ri do mundo, mas que na verdade mal caminha. Mas se perguntar como minha vida chegou a esse ponto já se torna complicado, mas vim a viver a vida e nascer para o mundo por outras noites parecidas, assim nasceu minha poesia, minhas palavras e minha arte. Então nada mais justo que assim perecer. E para todos que perecem está você aqui querida vala.
Cheguei ao ponto em que a felicidade é servida em doses?Pouco a pouco, tendo que pagar e o resto são conseqüências... Mas até as conseqüências tem seu fim.
E por isso me levanto! Cato e me acato a mais um cigarro, companheiro comprado e comprimento mais um dia bastardo que nasce e que terei que lutar. E me despeço de você vala, me vou novamente, até amanhã talvez, talvez...

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