segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Do vale dos seios

O te amo mais bonito,
ainda era o mais bonito 
Voavas sobre a minha nudez
Como pássaro de primeiro vôo,
Descobrindo mistério de selvas
E de águas correntes
Que vão à direção do mar,
Unindo-se em beijo agridoce
Num gemido sacrílego
Da minha garganta pagã,
Abrindo portas de catedrais profanas,
Onde, devoto, genuflexo recebias,
A hóstia sagrada do meu corpo
Em rito de luz iluminando altares
Vindo do meu humano prazer
Que não se apaga, só esmorece,
Voltando a brilhar intensamente
Com o toque sutil dos lábios teus
Nos interruptores dos meus seios...



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